Um teste de biópsia líquida pode melhorar a capacidade de determinar o tratamento mais eficaz para pacientes com câncer de pulmão de células não pequenas (CPCNP) que se espalhou para além dos pulmões, de acordo com um estudo apresentado na Reunião Anual da Sociedade Americana de Radioterapia Oncológica. O teste identifica o DNA tumoral no sangue, permitindo que os médicos entendam se o câncer se espalhou de forma mínima ou extensa, para ajudar a escolher o tratamento mais adequado para cada paciente. Isso é uma descoberta significativa, já que o CPCNP representa 84% de todos os cânceres de pulmão, que são a principal causa de mortes relacionadas ao câncer em todo o mundo. Pacientes com doença oligometastática, que têm um número limitado de locais onde o câncer se espalhou, podem experimentar períodos prolongados de sobrevivência sem câncer quando tratados com radioterapia de alta dose direcionada para as áreas afetadas. No entanto, tem sido um desafio identificar quais pacientes com doença oligometastática se beneficiariam desse tipo de tratamento. O método tradicional de biópsia do tecido tumoral analisa apenas o local da amostra, enquanto os exames de imagem têm limitações na detecção de doença micrometastática abaixo da superfície. Por outro lado, os testes de biópsia líquida podem detectar elementos de cânceres de tumor sólido no sangue, urina ou líquido cefalorraquidiano, proporcionando uma compreensão mais abrangente da carga da doença. O estudo descobriu que pacientes com níveis baixos ou nulos de DNA tumoral circulante detectável (ctDNA) têm maior probabilidade de se beneficiar da radioterapia, enquanto aqueles com níveis mais altos de ctDNA podem exigir terapia sistêmica, como quimioterapia ou imunoterapia. Essas descobertas têm implicações importantes para a personalização das decisões de tratamento no contexto do câncer oligometastático.
