O Tribunal Federal do Canadá instruiu a Comissão de Direitos Humanos do Canadá (CHRC) a reexaminar uma reclamação de discriminação apresentada por Kagusthan Ariaratnam, ex-informante e soldado criança, contra o Serviço Canadense de Inteligência e Segurança (CSIS). Ariaratnam alega que sua candidatura a um emprego de segurança no Parliament Hill foi rejeitada devido a informações divulgadas pelo CSIS sobre sua saúde mental.
Ariaratnam havia sido envolvido com o CSIS na década de 2000, fornecendo informações sobre os Tigres Tâmeis, um grupo separatista no Sri Lanka. Após ser rejeitado para o emprego, Ariaratnam apresentou reclamações ao CSIS, à Agência Nacional de Revisão de Segurança e Inteligência (NSIRA) e à CHRC, mas suas alegações foram descartadas.
No entanto, o Tribunal Federal agora ordenou que a CHRC reexamine a reclamação, citando o “raciocínio incompreensível” da comissão e a falta de consideração das alegações de discriminação. O advogado de Ariaratnam criticou a CHRC por usar uma justificativa “insustentável” para rejeitar a reclamação e sugeriu que a comissão está sobrecarregada e com recursos insuficientes.
A NSIRA havia decidido anteriormente contra Ariaratnam, afirmando que sua candidatura foi rejeitada pela Câmara dos Comuns, e não pelo CSIS. No entanto, o CSIS admitiu que a divulgação de documentos classificados sobre Ariaratnam não teria sido aprovada pela alta administração.
A reclamação de Ariaratnam está centrada em alegações de que o CSIS usou informações para retratá-lo indevidamente como uma ameaça à segurança. Os Tigres Tâmeis, o grupo com o qual Ariaratnam estava envolvido, lutaram pela independência do Sri Lanka e são designados como uma organização terrorista pelo governo canadense.
Ariaratnam espera que o reexame de sua reclamação lhe proporcione justiça e trate do impacto significativo que a rejeição teve em sua vida.