Tornando as Injeções de Insulina Obsoletas: Cientistas Implantam um Dispositivo em Camundongos que Produz sua Própria Insulina

Tornando as Injeções de Insulina Obsoletas: Cientistas Implantam um Dispositivo em Camundongos que Produz sua Própria Insulina

Cientistas do MIT fizeram uma descoberta importante no desenvolvimento de um dispositivo médico que poderia eliminar a necessidade de injeções de insulina. Em um estudo recente, pesquisadores implantaram um dispositivo dentro de camundongos que produziu seu próprio suprimento de insulina por até um mês. Embora mais pesquisas ainda sejam necessárias antes que essa tecnologia possa ser usada em humanos, ela oferece esperança para melhorar o tratamento do diabetes.

A insulina é um hormônio responsável por ajudar a mover a glicose do sangue para as células para obter energia. Quando a produção de insulina do corpo é interrompida, pode levar a níveis elevados de açúcar no sangue e ao desenvolvimento de diabetes. Indivíduos com diabetes tipo 1 têm um sistema imunológico que ataca as células responsáveis ​​pela produção de insulina, enquanto aqueles com diabetes tipo 2 desenvolvem resistência aos efeitos da insulina.

Atualmente, pessoas com diabetes precisam de injeções regulares de insulina para controlar seus níveis de açúcar no sangue. Embora a insulina injetável tenha revolucionado o tratamento do diabetes, ela não está isenta de complicações. Diabéticos ainda enfrentam riscos à saúde e expectativa de vida mais curta, especialmente se tiverem dificuldade em controlar seu açúcar no sangue. Portanto, os pesquisadores continuam explorando maneiras de melhorar a administração de insulina.

Uma abordagem promissora é o transplante de células das ilhotas, que envolve o uso de células de um doador para restaurar a produção natural de insulina. No entanto, esse procedimento requer medicamentos imunossupressores ao longo da vida para evitar a rejeição. Os pesquisadores do MIT propõem uma solução diferente: abrigar as células doadas em um pequeno dispositivo implantado sob a pele. Esse dispositivo protegeria as células do sistema imunológico, permitindo que elas produzissem insulina conforme necessário.

Em seu estudo recente, publicado no periódico PNAS, a equipe do MIT abordou a questão do suprimento de oxigênio para o dispositivo implantado. Ao incorporar uma membrana que divide as moléculas de água para produzir oxigênio, o dispositivo pode garantir um suprimento constante de oxigênio sem a necessidade de câmaras separadas ou misturas químicas. O dispositivo também pode ser alimentado sem fio, exigindo apenas um pequeno adesivo na pele.

Os pesquisadores testaram o dispositivo em camundongos diabéticos e descobriram que aqueles implantados com o dispositivo que fornecia oxigênio mantiveram níveis saudáveis ​​de açúcar no sangue por pelo menos um mês. Em contraste, os camundongos com um dispositivo sem a capacidade de produzir oxigênio apresentaram níveis elevados de açúcar no sangue dentro de duas semanas. Embora tenha se formado tecido cicatricial ao redor do dispositivo, isso não afetou significativamente sua função geral.

A equipe acredita que essa tecnologia não apenas revolucionará a terapia com insulina, mas também poderá ser aplicada a outras condições médicas que exigem doses regulares de proteínas produzidas externamente. Eles planejam realizar mais estudos em animais maiores antes de testar o dispositivo em humanos. Além disso, eles têm como objetivo estender a vida útil do dispositivo dentro do corpo.

Essa pesquisa representa um avanço significativo no desenvolvimento de dispositivos médicos vivos que podem produzir medicamentos conforme necessário. Embora a disponibilidade generalizada dessa tecnologia ainda esteja no futuro, ela oferece grandes promessas para melhorar a vida de pacientes com diabetes e outras condições que requerem intervenção médica regular.

(Fontes: MIT, PNAS)

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