Surto de Difteria se Agravando no Norte da Nigéria, Alerta Médecins Sans Frontières (MSF)

Surto de Difteria se Agravando no Norte da Nigéria, Alerta Médecins Sans Frontières (MSF)

A Médecins Sans Frontières (MSF) emitiu um alerta sobre o agravamento do surto de difteria na Nigéria, especialmente nos estados do norte de Bauchi, Borno e Kano. A MSF relatou que milhares de pessoas foram infectadas e centenas morreram dessa doença bacteriana altamente contagiosa e potencialmente fatal.

As equipes da MSF têm fornecido tratamento para casos suspeitos e confirmados de difteria em Kano, Borno e Bauchi. Somente em Kano, eles estão atualmente tratando mais de 700 pessoas com suspeita de difteria e admitindo mais de 280 pacientes semanalmente em seus centros de tratamento. Mulheres e crianças menores de cinco anos são os grupos mais vulneráveis afetados pelo surto.

A falta de recursos para vacinas e custos de implementação continua sendo uma barreira para intensificar os esforços de resposta. O estado de Kano precisa de milhões de doses de vacinas para atingir os grupos de risco, mas devido à baixa cobertura nacional de vacinação e à escassez mundial do antitoxina usada no tratamento, controlar o surto tornou-se um desafio.

Para lidar com a escassez, a MSF forneceu 2.000 doses de antitoxina de difteria em Kano no mês passado e estabeleceu uma clínica de tratamento de difteria com 20 leitos em seu hospital pediátrico. No entanto, mais apoio é necessário da comunidade internacional para melhorar o tratamento, medidas preventivas, rastreamento de contatos e fortalecer o sistema de saúde local.

O surto é atribuído em grande parte a uma baixa taxa de vacinação, com apenas 70% das crianças recebendo a primeira dose da vacina tríplice bacteriana (difteria, tétano e coqueluche). Esse declínio na imunização resultou em cerca de 25 milhões de crianças não vacinadas ou subvacinas na Nigéria em 2021.

Em conclusão, medidas urgentes são necessárias para reduzir a transmissão da difteria na Nigéria. Isso inclui aumentar a cobertura de vacinação, fornecer antitoxina suficiente, melhorar os esforços de vigilância e rastreamento de contatos e fortalecer o sistema de saúde local para responder efetivamente aos surtos.

Fontes:
– Médecins Sans Frontières (MSF)
– Centro Nigeriano de Controle de Doenças (NCDC)
– PREMIUM TIMES

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