Aproximadamente 3.800 trabalhadores sindicais da área da saúde em Maryland, Virgínia e Washington, D.C., estão considerando entrar em greve no final deste mês se um acordo não for alcançado com a Kaiser Permanente em relação à escassez de pessoal e baixos salários. O OPEIU Local 2, sindicato que representa esses trabalhadores, afirmou que cerca de 98% de seus membros votaram a favor de uma greve para protestar contra “práticas trabalhistas injustas” caso não haja uma resolução até 30 de setembro.
Os trabalhadores da saúde representados pelo OPEIU Local 2 incluem oftalmologistas, farmacêuticos, enfermeiros, assistentes certificados de enfermagem e vários técnicos envolvidos na área da saúde. O sindicato se juntou a milhares de outros trabalhadores da Kaiser Permanente em todo o país que planejam entrar em greve no mesmo dia devido a negociações contratuais.
Uma das principais preocupações do sindicato são as escassezes de pessoal “inseguras” que levam a longos tempos de espera e cuidados presenciais apressados. O sindicato afirma que, caso a greve ocorra, pode ser a maior greve na área da saúde da história dos Estados Unidos. De acordo com o sindicato, as pressões da pandemia de COVID-19 pioraram as condições de trabalho e agravaram a crise de pessoal na área da saúde.
O sindicato culpa os executivos da Kaiser Permanente por contribuírem para os problemas de pessoal. Os executivos supostamente reduziram os bônus para os trabalhadores da linha de frente, não aumentaram os salários o suficiente para acompanhar o aumento do custo de vida e ofereceram salários baixos para trabalhadores iniciantes que não são competitivos em comparação com outras indústrias.
A Kaiser Permanente respondeu chamando a votação de autorização de greve de “ação decepcionante”. A organização de saúde afirmou que ainda há mais duas sessões de negociações marcadas antes do prazo de 30 de setembro e expressou confiança em alcançar um acordo.
O sindicato discorda das alegações da Kaiser Permanente em relação aos salários, afirmando que as propostas atuais não atendem às suas demandas. Eles defendem um salário mínimo de $26 por hora, enquanto a Kaiser Permanente propõe $21 por hora. O sindicato também afirma que a Kaiser Permanente teve um lucro de $3 bilhões nos primeiros seis meses deste ano.
Ambos os lados estão continuando as negociações, mas se a greve ocorrer, a Kaiser Permanente assegurou que possui planos abrangentes para garantir o acesso contínuo aos serviços de saúde para seus membros.
(Fontes:
– Maryland Matters:
– WTOP: <URL>)
