Este artigo discute um estudo que examinou os benefícios e riscos de pessoas idosas que tomam aspirina regularmente para a saúde cardiovascular. O estudo, chamado de Ensaio Aspirina na Redução de Eventos em Idosos (ASPREE), analisou os efeitos da aspirina de baixa dose diária em adultos mais velhos sem doença cardiovascular sintomática.
O ensaio envolveu 19.114 participantes que foram acompanhados por uma mediana de 4,7 anos. Metade dos participantes recebeu aspirina, enquanto a outra metade recebeu um placebo. O principal resultado avaliado foi a incidência de AVC.
Os resultados mostraram que a aspirina não reduziu significativamente a ocorrência de AVC isquêmico. No entanto, houve um aumento notável de hemorragia intracraniana entre aqueles que tomaram aspirina em comparação com aqueles que tomaram placebo. Portanto, o estudo conclui que a aspirina de baixa dose pode não ser eficaz para a prevenção primária de AVC e alerta contra o seu uso em idosos com risco de traumatismo craniano.
Além disso, outra análise do mesmo estudo descobriu que aqueles que tomaram aspirina tinham um maior risco de desenvolver anemia em comparação com aqueles que tomaram placebo. O risco de anemia foi 20% maior em indivíduos que tomaram uma dose diária de 100 mg de aspirina. A diminuição nos níveis de ferritina e na concentração de hemoglobina ao longo de três e cinco anos, respectivamente, também foi mais significativa no grupo da aspirina.
Essas descobertas tornam desafiador justificar o uso da aspirina como medida preventiva para pessoas idosas saudáveis. Isso destaca a importância de considerar os riscos e benefícios potenciais do uso de aspirina nessa população.