Um estudo recente realizado por pesquisadores da Ohio State University descobriu que o popular aplicativo de mídia social TikTok está repleto de quantidades perigosas de desinformação sobre cânceres femininos. O conteúdo relacionado ao câncer mais popular do aplicativo, predominantemente na forma de depoimentos em primeira pessoa, foi descoberto como “enganoso ou dramaticamente impreciso”. O estudo revelou que pelo menos 73% das informações compartilhadas por meio do TikTok eram tanto imprecisas quanto de baixa qualidade educacional.
Em resposta à alarmante prevalência de desinformação, profissionais médicos e organizações têm recorrido ao TikTok para combater a propagação de informações falsas. Por exemplo, a Dra. Laura Makaroff, da American Cancer Society, publicou um vídeo desmentindo a narrativa falsa de que as taxas de câncer de mama em mulheres com menos de 45 anos aumentaram significativamente entre 2022 e 2023.
A oncologista Dra. Eleonora Teplinsky também conscientizou sobre os perigos de acreditar em informações médicas falsas no TikTok. Ela enfatizou que tal desinformação pode ser perigosa e levar a resultados adversos.
O estudo conduzido pela Ohio State University teve como foco a análise dos vídeos mais populares relacionados a vários cânceres femininos. O objetivo era identificar preocupações dos pacientes que podem não ser abordadas durante as consultas médicas. De acordo com a autora principal, Dra. Laura Chambers, o estudo revelou que muitos pacientes enfrentam desafios adicionais em casa durante o tratamento, como encontrar maneiras de demonstrar amor e atenção aos filhos mesmo estando fatigados.
Esta não é a primeira vez que autoridades de saúde expressaram preocupações sobre conteúdo enganoso no TikTok. No passado, influenciadores promoveram a falsa ideia de que os absorventes internos estão relacionados ao câncer devido ao dióxido de titânio. Da mesma forma, a University of Michigan conduziu um estudo em 2021 investigando a disseminação de desinformação sobre o câncer de próstata online.
Diante da falta de regulamentação sobre a qualidade dos conselhos médicos compartilhados no TikTok, pessoas em busca de informações confiáveis podem encontrar maior segurança no YouTube. O YouTube lançou recentemente uma iniciativa para combater notícias falsas sobre o câncer, removendo conteúdo que promove tratamentos contra o câncer prejudiciais ou ineficazes ou desencoraja os espectadores a procurar tratamento médico profissional.
Fontes:
– Pesquisadores da Ohio State University
– Dra. Laura Makaroff, da American Cancer Society
– Dra. Eleonora Teplinsky, oncologista
– Estudo da University of Michigan