Um estudo recente realizado no Japão descobriu que o aumento do tempo de tela em bebês e crianças pequenas está associado a um menor desenvolvimento. A pesquisa revelou que bebês e crianças pequenas que passam mais tempo olhando para telas têm um declínio no desenvolvimento cerebral e habilidades motoras até os 2 e 3 anos de idade.
Esses achados são preocupantes e foram descritos como “realmente assustadores” por Donna Dotson, uma fisioterapeuta sênior do Children’s Hospital of Michigan. Dotson comparou o tempo de tela à sobremesa, afirmando que enquanto uma pequena quantidade ocasionalmente pode ser aceitável, o consumo excessivo pode levar a problemas.
Além de um menor desenvolvimento cerebral, o estudo descobriu que um aumento no tempo de tela aos 2 anos também estava relacionado a habilidades motoras reduzidas e habilidades sociais pessoais aos 3 anos. No entanto, Dotson acredita que o estudo pode subestimar a extensão total dos efeitos negativos, pois não incluiu dispositivos portáteis como smartphones e tablets.
Existem várias razões para o impacto negativo do tempo de tela no desenvolvimento. Crianças que passam uma quantidade significativa de tempo olhando para telas perdem a oportunidade de explorar seu ambiente e interagir com os outros. Essa falta de envolvimento prejudica sua capacidade de desenvolver habilidades essenciais.
Centros de cuidados infantis testemunharam em primeira mão os efeitos prejudiciais do tempo excessivo de tela. Samantha Ford, representante dos Centros de Desenvolvimento Infantil Green Garden, destacou uma diminuição na comunicação e habilidades motoras finas entre crianças que passam tempo excessivo assistindo a telas.
Para mitigar esses efeitos, os pais são incentivados a dedicar mais tempo a atividades que não envolvam o uso de telas. Criar oportunidades para que as crianças se envolvam em atividades físicas e interações sociais interativas pode promover um desenvolvimento mais saudável.
Em geral, esse estudo reforça a importância de limitar o tempo de tela em bebês e crianças pequenas para garantir um desenvolvimento e bem-estar ótimos.
Fontes:
– Estudo de pesquisa realizado no Japão com 60.000 crianças
– Entrevista com Donna Dotson, fisioterapeuta sênior do Children’s Hospital of Michigan
– Entrevista com Samantha Ford dos Centros de Desenvolvimento Infantil Green Garden
