A crise do fentanil tornou-se uma epidemia devastadora que está afetando comunidades em todo o mundo. Inúmeras vidas foram perdidas e famílias foram despedaçadas como resultado. No entanto, pode haver um raio de esperança no horizonte na forma de uma potencial vacina para prevenir overdoses de fentanil e heroína.
Pesquisadores da Universidade de Washington estão planejando iniciar testes clínicos em humanos nos próximos meses. O Professor Marco Pravetoni, o motor por trás do desenvolvimento dessas vacinas, discutiu recentemente as perspectivas empolgantes dessa pesquisa. Ele explicou que, embora a vacina possa impedir que os usuários de drogas experimentem os efeitos eufóricos dessas substâncias, não eliminaria a vontade de usá-las.
A estratégia de tratamento proposta envolve a combinação da vacina com metadona, um medicamento comumente usado no tratamento do transtorno do uso de opioides. Os pacientes receberiam imunizações regulares, com injeções administradas a cada três meses, acompanhadas de doses reforço anuais.
Uma preocupação levantada durante a entrevista foi se a vacina poderia potencialmente incentivar mais dependência. No entanto, Pravetoni enfatizou que a disponibilidade do Narcan, um medicamento usado para reverter overdoses de opioides, não resultou em aumento do uso de drogas. Em vez disso, a vacina forneceria às pessoas mais opções para o gerenciamento de sua dependência.
Até agora, a vacina foi testada contra heroína e fentanil, e os próximos testes examinarão sua eficácia contra oxicodona. Pravetoni reconheceu que o cronograma para o lançamento da vacina é um aspecto desafiador do processo. Embora o desenvolvimento da vacina para fentanil e heroína tenha avançado mais rapidamente do que o esperado, pode demorar até uma década antes de estar disponível para o público.
No entanto, os benefícios potenciais vão além dos usuários de fentanil e heroína. Pravetoni acredita que a vacina também poderia ser benéfica para usuários de cocaína e para a sociedade como um todo. Com pesquisas em andamento e os recursos necessários, essa vacina promissora pode se tornar uma ferramenta vital na luta contra o impacto devastador da dependência de opioides.
Fontes:
– Pesquisadores da Universidade de Washington
– Professor Marco Pravetoni, Professor de Psiquiatria e Ciências do Comportamento na UW