Micronutrientes, como vitaminas e elementos-traço, desempenham um papel vital na manutenção das reações metabólicas básicas no corpo humano. No entanto, deficiências ou desequilíbrios nos micronutrientes podem levar a sérios distúrbios de saúde. Um estudo recente publicado em Nutrientes teve como objetivo resumir o conhecimento sobre micronutrientes em relação a doenças neurológicas e explorar possíveis intervenções terapêuticas.
O estudo descobriu que níveis anormais de micronutrientes a longo prazo podem estar associados ao desenvolvimento de doenças neurológicas comuns. Alterações crônicas e agudas nos níveis de micronutrientes podem levar a complicações graves em distúrbios neurológicos.
Os micronutrientes atuam como catalisadores em sistemas enzimáticos e têm papéis essenciais na modulação da imunidade celular, atividade antioxidante e cicatrização de feridas. Eles podem neutralizar radicais livres nocivos e espécies reativas no corpo.
Os sintomas de deficiência de micronutrientes podem aparecer apenas após depleção prolongada. Esses sintomas podem variar de manifestações cutâneas e infecções frequentes a deficiências mais graves, como osteomalácia (deficiência de vitamina D) e escorbuto (deficiência de vitamina C). Em alguns casos, as deficiências podem se manifestar agudamente ou contribuir para o desenvolvimento de acidose láctica.
Condições patológicas podem causar vazamento capilar e diminuição dos níveis plasmáticos de micronutrientes devido à influência de citocinas liberadas. Além disso, certas condições, como drenagens, urina, hemodiálise repetida e queimaduras, podem levar a uma perda aumentada de micronutrientes.
A administração de micronutrientes é recomendada para pacientes em unidades de terapia intensiva, aqueles com estresse oxidativo aumentado, problemas de redistribuição e uso aumentado. Pacientes submetidos à hemodiálise repetida e aqueles com queimaduras ou áreas de feridas também podem se beneficiar da suplementação de micronutrientes.
Ao administrar micronutrientes, é importante considerar os princípios de absorção de cada micronutriente individual. Por exemplo, um aumento na ingestão de ferro pode reduzir a absorção de cobre e zinco, levando à depleção de cobre e anemia microcítica.
Em certos distúrbios neurológicos, a suplementação com micronutrientes específicos tem mostrado benefícios. Para doença de Alzheimer, doença de Parkinson, esclerose lateral amiotrófica, doença de Wilson, doença de Huntington, miastenia gravis e esclerose múltipla, é recomendado o monitoramento e a suplementação de certos micronutrientes.
Em conclusão, os micronutrientes desempenham um papel crucial na saúde neurológica, e deficiências ou desequilíbrios podem contribuir para o desenvolvimento e progressão de distúrbios neurológicos. Compreender os papéis de micronutrientes específicos e suas potenciais intervenções terapêuticas é essencial na prática clínica.
Fonte: Nutrientes (artigo não disponível online)