Um recente estudo panorâmico conduzido pela Universidade de Bangor e pela Saúde Pública do País de Gales lançou luz sobre o impacto da tecnointerferência parental na saúde mental e no comportamento dos adolescentes. O termo “tecnointerferência” refere-se aos efeitos prejudiciais da tecnologia nas interações presenciais, comunicação e bem-estar geral.
A tecnointerferência engloba ações como priorizar dispositivos em detrimento do tempo de qualidade com outras pessoas, verificar constantemente os telefones durante as conversas e distrair-se com notificações e redes sociais na presença de amigos ou familiares. Esses comportamentos foram encontrados para reduzir as conexões interpessoais, diminuir a atenção durante as interações no mundo real e aumentar os sentimentos de isolamento.
A revisão revelou que os adolescentes percebem algum nível de tecnointerferência parental como uma característica comum da era digital. No entanto, estudos mostram consistentemente que a tecnointerferência aumentada pelos pais está associada a uma maior probabilidade de os adolescentes se envolverem em comportamentos violentos, como o cyberbullying, e experimentarem problemas de saúde mental, como depressão e ansiedade. Também foi constatado que a suscetibilidade dos adolescentes a resultados mais pobres de saúde mental é influenciada pelo calor parental e por fatores psicológicos pessoais, incluindo autoestima e neuroticismo.
O estudo enfatiza a importância dos fatores contextuais, como a frequência e a duração do uso de dispositivos, ao examinar o impacto da tecnointerferência. Portanto, é crucial que os pais avaliem criticamente seu próprio uso de telas na presença das crianças, minimizando distrações e dando um exemplo positivo para a próxima geração.
Donna Dixon, professora de Educação, Infância e Estudos Juvenis na Universidade de Bangor, enfatiza a necessidade de medidas proativas, destacando a importância de considerar os fatores contextuais ao abordar a tecnointerferência. Os pais devem estar cientes de seu uso de telas e se esforçar para criar hábitos digitais mais saudáveis que beneficiem o bem-estar de todos os membros da família.
A Dra. Catherine Sharp, uma das autoras do artigo, ressalta a necessidade de uma abordagem informada ao uso da tecnologia no ambiente familiar. É essencial que os adultos estejam familiarizados com as orientações fornecidas pelos Oficiais Médicos Chefes do Reino Unido e implementem estratégias que promovam hábitos digitais mais saudáveis para toda a família.
Para obter mais informações, consulte o artigo original de pesquisa: Donna Dixon et al, “Parental technoference and adolescents’ mental health and violent behavior: a scoping review,” BMC Public Health (2023). DOI: 10.1186/s12889-023-16850-x.
Perguntas frequentes:
P: O que é tecnointerferência?
R: Tecnointerferência refere-se ao impacto negativo da tecnologia nas interações presenciais, comunicação e bem-estar geral.
P: Quais são alguns exemplos de tecnointerferência?
R: A tecnointerferência pode incluir priorizar a atenção em dispositivos em vez de passar tempo de qualidade com outras pessoas, verificar constantemente os telefones durante as conversas ou ficar distraído com notificações e redes sociais na companhia de amigos ou familiares.
P: Como a tecnointerferência parental afeta os adolescentes?
R: A tecnointerferência parental aumentada está relacionada a uma maior probabilidade de os adolescentes se envolverem em comportamentos violentos (por exemplo, cyberbullying) e experimentarem resultados de saúde mental mais pobres (por exemplo, depressão e ansiedade).