A Casa Branca anunciou que grandes fabricantes de medicamentos concordaram relutantemente em negociar a redução dos preços de 10 diferentes medicamentos. Essa medida faz parte do plano do Presidente Joe Biden para reduzir os custos com saúde em preparação para as eleições de 2024. O governo federal utilizará os novos poderes concedidos pela Inflation Reduction Act (Lei de Redução da Inflação), marco de Biden, para negociar preços de medicamentos cobertos pelo Medicare, que é o programa de seguro saúde para pessoas com 65 anos ou mais.
Entre os medicamentos selecionados para negociação de preços estão remédios utilizados no tratamento de doenças graves, como diabetes e insuficiência cardíaca. Um dos medicamentos, o Eliquis, é um anticoagulante utilizado por mais de 3,7 milhões de beneficiários do Medicare. O programa de negociação do governo será inicialmente limitado a 10 medicamentos, mas tem potencial para expandir no futuro.
As empresas farmacêuticas resistiram a essa iniciativa, mas concordaram em participar, citando penalidades fiscais e possíveis multas como razões para sua conformidade. No entanto, algumas empresas, como a Amgen, acreditam que o programa é ilegal e prejudicará o progresso médico.
Várias empresas entraram com ações judiciais para contestar as disposições da Lei de Redução da Inflação, argumentando que o programa impõe controles de preços inconstitucionais impostos pelo governo. Apesar da resistência, a Casa Branca vê esse acordo como um passo importante rumo à redução dos custos com saúde para idosos e famílias.
Atualmente, os Estados Unidos pagam significativamente mais por medicamentos prescritos em comparação a outros países desenvolvidos. De acordo com um estudo realizado pela Rand Corporation, os EUA pagam em média 2,5 vezes mais do que países como a França. O Presidente Biden vê essas negociações de preço como potencialmente decisivas para milhões de americanos que enfrentam altos custos com saúde.
As mudanças nos preços dos medicamentos resultantes dessas negociações só entrarão em vigor a partir de janeiro de 2026. O Medicare planeja negociar preços para até 60 medicamentos nos próximos quatro anos, seguidos de mais 20 medicamentos a cada ano subsequente.
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