Neurologistas recomendam terapia de alta eficácia para adultos mais velhos com esclerose múltipla

Neurologistas recomendam terapia de alta eficácia para adultos mais velhos com esclerose múltipla

Um estudo de pesquisa publicado no Journal of Multiple Sclerosis revelou que, para adultos mais velhos com esclerose múltipla (EM) altamente ativa, a maioria dos neurologistas recomenda iniciar o tratamento com uma terapia de alta eficácia. O estudo teve como objetivo identificar considerações únicas para o cuidado e tratamento de pacientes mais velhos com EM e fornecer perspectivas clínicas do mundo real no cuidado da EM.

Como mais da metade dos pacientes com EM hoje têm mais de 55 anos, é desafiador tomar decisões de tratamento bem fundamentadas devido a dados limitados sobre a eficácia de várias terapias em pacientes idosos. Além disso, o enfraquecimento do sistema imunológico e o aumento do risco de infecções associadas ao envelhecimento complicam ainda mais as escolhas de tratamento.

A pesquisa, conduzida por uma equipe internacional de cientistas, utilizou um processo Delphi para reunir respostas de 224 neurologistas em nove países. Os resultados mostraram que a maioria dos neurologistas concordava que os pacientes mais velhos com EM precisam de monitoramento mais frequente e tendem a ter uma doença menos ativa, porém com deficiência mais substancial. Avaliações anuais da cognição e da visão foram relatadas como prática comum para pacientes mais velhos com EM.

A pesquisa também revelou que 63% dos neurologistas geralmente recomendam terapias de alta eficácia como tratamento inicial para adultos mais velhos recém-diagnosticados com EM. Esses tratamentos potentes são escolhidos com base em fatores como alta atividade da doença e doença progressiva. No entanto, caso ocorram problemas de segurança, os pacientes podem ser transferidos para terapias de menor eficácia, embora isso não seja frequentemente necessário.

Quanto à continuação do tratamento à medida que os pacientes envelhecem, a maioria dos neurologistas concordou que pessoas diagnosticadas com EM mais cedo na vida e com doença estável sob tratamento devem continuar com o mesmo tratamento à medida que envelhecem além dos seus 50 anos. As vacinações foram consideradas importantes para pacientes mais velhos com EM, e os neurologistas geralmente recomendavam vacinas contra influenza, COVID-19 e pneumococo, sem interromper o tratamento para EM.

Este estudo fornece informações valiosas sobre o cuidado e tratamento de pacientes mais velhos com EM, mas são necessárias pesquisas adicionais e diretrizes baseadas em evidências para melhorar o manejo de pacientes idosos com EM.

Fonte: Journal of Multiple Sclerosis – Experimental, Translational and Clinical.

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