Pesquisadores identificaram 12 estados transcricionais de microglia na doença de Alzheimer (DA), lançando luz sobre o papel delas na progressão da doença. Microglia são células cerebrais que controlam várias atividades através da transição entre diferentes estados. No entanto, as contribuições das microglia para a DA têm sido amplamente desconhecidas devido a limitações na análise de microglia humana a partir de cérebros post-mortem.
Neste estudo, cientistas combinaram perfis genéticos com dados de sequenciamento ATAC de núcleos únicos (snATAC-seq) para identificar redes reguladoras que governam os estados microgliais na DA. Eles analisaram o transcriptoma de núcleos microgliais de 217 pacientes com DA e 226 controles em seis regiões cerebrais. Os clusters dos estados microgliais foram caracterizados com base em suas impressões digitais moleculares e atividades, e comparados com conjuntos de dados anteriores e modelos de camundongos.
Os pesquisadores verificaram experimentalmente o enriquecimento dos principais estados transcricionais no cérebro humano com DA usando imuno-histoquímica e hibridização in situ. Eles também estudaram os reguladores upstream que impulsionam os estados microgliais usando dados de snATAC-seq.
O estudo revelou 12 estados transcricionais de microglia, incluindo estados de processamento lipídico, homeostático e inflamatório associados à DA. Os pesquisadores identificaram 1.542 genes diferencialmente expressos na DA, alguns dos quais específicos para o estágio da doença ou estado microglial. Eles também descobriram que a transição do estado homeostático para o inflamatório pode ser induzida ou inibida pela ativação ou inibição de fatores de transcrição específicos.
Os resultados sugerem que o metabolismo lipídico e a inflamação são processos intimamente relacionados que contribuem para a patogênese da DA. O estudo também destacou a importância de terapias específicas para cada estágio, pois a influência genética na expressão gênica na DA é sensível ao tempo.
Em geral, este estudo fornece novas perspectivas sobre o papel das microglia na doença de Alzheimer e abre caminho para o desenvolvimento de terapias específicas para cada estágio que visem a neuroinflamação.
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