Estudo constata que o tratamento precoce da obesidade infantil é benéfico

Estudo constata que o tratamento precoce da obesidade infantil é benéfico

Um estudo recente realizado por pesquisadores do Instituto Karolinska, na Suécia, constatou que o tratamento precoce da obesidade infantil é bem-sucedido tanto no curto quanto no longo prazo. O estudo, publicado no The International Journal of Obesity, acompanhou mais de 170 crianças diagnosticadas com obesidade.

As crianças e seus pais foram aleatoriamente designados para um dos três grupos de tratamento: tratamento padrão, grupo de apoio aos pais ou grupo de apoio aos pais com acompanhamento telefônico. O grupo de tratamento padrão recebeu encontros focados em alimentação e exercícios com profissionais de saúde. Os dois grupos de apoio aos pais tinham como objetivo mostrar aos pais como promover estilos de vida saudáveis de forma positiva e sem conflitos.

Os resultados do estudo mostraram que os três grupos apresentaram melhora no estado de peso e redução da obesidade. No entanto, as crianças cujos pais receberam apoio parental tiveram os melhores resultados, especialmente aquelas que também receberam acompanhamento telefônico. Essas crianças apresentaram uma melhora clinicamente relevante no estado de peso e uma melhor saúde metabólica.

A professora Paulina Nowicka, principal pesquisadora do estudo, destacou a importância de estabelecer uma estrutura clara em casa e criar uma relação positiva com a comida. Ela enfatizou a necessidade de envolver as crianças no preparo das refeições, oferecer legumes quando estão com fome e evitar usar comida como recompensa.

O estudo sugere que o tratamento precoce da obesidade tem um efeito duradouro e é mais eficaz do que tratar as crianças na adolescência. Os pesquisadores esperam que, ao abordar a obesidade infantil desde cedo, seja possível evitar a necessidade de intervenções mais invasivas, como a cirurgia bariátrica.

O estudo foi uma colaboração entre pesquisadores do Instituto Karolinska, da Universidade de Uppsala, da Warwick Medical School e da Universidade de Oxford. Foi financiado pelo Centrum for Innovative Medicine (CIMED) e pela Fundação do Lar Maçônico para Crianças em Estocolmo.

Fonte:
– The International Journal of Obesity

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