Estresse no Trabalho Ligado ao Dobro do Risco de Doenças Cardíacas em Homens

Estresse no Trabalho Ligado ao Dobro do Risco de Doenças Cardíacas em Homens

Um novo estudo publicado na Circulation: Cardiovascular Quality and Outcomes, uma revista revisada por pares da American Heart Association, descobriu que homens que experimentam altos níveis de estresse no trabalho e poucas recompensas profissionais têm o dobro do risco de desenvolver doenças cardíacas em comparação àqueles que não relatam esses fatores estressores. O estudo destaca a necessidade urgente de abordar as condições estressantes de trabalho para criar ambientes de trabalho mais saudáveis que beneficiem tanto os funcionários quanto os empregadores.

A pesquisa se concentrou em dois fatores estressores psicossociais: estresse ocupacional e desequilíbrio esforço-recompensa. O estresse ocupacional se refere a ambientes de trabalho de alta demanda, combinados com baixo controle sobre tarefas e tomada de decisões. O desequilíbrio esforço-recompensa ocorre quando os funcionários se esforçam muito, mas percebem recompensas inadequadas ou desiguais em troca, como salário ou reconhecimento.

O estudo revelou que homens que relataram o estresse ocupacional ou o desequilíbrio esforço-recompensa tiveram um aumento de 49% no risco de doenças cardíacas. Aqueles que experimentaram ambos os fatores estressores tinham o dobro do risco em comparação aos homens que não relataram esses fatores. No entanto, o impacto do estresse no trabalho na saúde do coração das mulheres foi inconclusivo, sugerindo a necessidade de investigações adicionais.

Intervenções visando reduzir os fatores estressores no trabalho podem ser especialmente eficazes na prevenção de doenças cardíacas em homens. Fornecer recursos de apoio, promover o equilíbrio entre trabalho e vida pessoal, aprimorar a comunicação e capacitar os funcionários a terem mais controle sobre seu trabalho são estratégias potenciais. O estudo também enfatiza a importância de priorizar o ambiente de trabalho como um meio de melhorar a saúde cardiovascular geral.

A pesquisa envolveu quase 6.500 trabalhadores de colarinho branco sem doenças cardíacas e os acompanhou por 18 anos. Incluiu números quase iguais de homens e mulheres em diversas funções de trabalho. No entanto, uma limitação é que o estudo se concentrou principalmente em trabalhadores de colarinho branco em Quebec, Canadá, e pode não representar totalmente a diversidade da população trabalhadora americana.

No geral, essas descobertas enfatizam a necessidade de medidas proativas para lidar com o estresse relacionado ao trabalho e promover um ambiente de trabalho mais saudável, o que pode ter implicações significativas na redução da prevalência de doenças cardíacas e na melhoria do bem-estar geral.

Fontes:
– Lavigne-Robichaud, M., et al. (2023) Psychosocial Stressors at Work and Coronary Heart Disease Risk in Men and Women: 18-Year Prospective Cohort Study of Combined Exposures. Circulation: Cardiovascular Quality and Outcomes.
– American Heart Association

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