Uma investigação recente realizada pelo Vice-Comissário de Saúde e Incapacidade constatou que um médico generalista na Nova Zelândia violou o Código de Direitos dos Consumidores de Serviços de Saúde e Incapacidade, resultando em um diagnóstico tardio de câncer de próstata para seu paciente. O médico, que também é parente do paciente, deixou de informar prontamente o paciente sobre resultados anormais de um teste de antígeno específico da próstata (PSA) e não tomou as medidas apropriadas de acordo com as diretrizes do Ministério da Saúde.
A Vice-Comissária, Deborah James, determinou que o médico violou o direito do paciente a serviços prestados com cuidado e habilidade razoáveis, bem como o direito à informação que uma pessoa razoável esperaria receber nessas circunstâncias. O paciente havia realizado exames de sangue de rotina em 2017, que revelaram níveis elevados de PSA, mas não foi informado dos resultados nem encaminhado para investigação adicional. Apesar dos sintomas contínuos e das múltiplas visitas ao médico nos três anos seguintes, o paciente ainda não havia sido informado de seu resultado de teste anormal. Somente em 2020, quando um novo teste de PSA foi realizado, o paciente foi diagnosticado com câncer de próstata metastático.
Em suas conclusões, a Sra. James criticou o médico por sua falha em comunicar resultados importantes dos testes e por tratar de um parente. Ela recomendou que o médico se capacite sobre a importância de compartilhar resultados de testes, realize uma auditoria nas políticas de sua clínica e reflita sobre como o relacionamento familiar pode ter afetado seu cuidado. Além disso, ela aconselhou o médico a fornecer um pedido de desculpas por escrito ao paciente e sugeriu que o Conselho Médico da Nova Zelândia reveja a competência do médico.
Desde a divulgação do relatório, o médico implementou várias mudanças em sua prática. Isso inclui a implementação de uma política de rastreio de próstata de acordo com os padrões estabelecidos pelo Royal New Zealand College of General Practitioners, participação em sessões educacionais com um urologista para melhorar seus conhecimentos e práticas, aprimoramento dos processos de administração do histórico do paciente, conclusão de um módulo de aprendizagem sobre uma ferramenta de suporte à decisão de testes de câncer de próstata e implementação de um portal do paciente para melhor acesso aos resultados dos testes e informações.
Fonte:
Vice-Comissária de Saúde e Incapacidade, Nova Zelândia (fonte)