À medida que o vírus da COVID continua a evoluir, nossa resposta vacinal deve se adaptar para proporcionar uma melhor proteção. A partir de 11 de dezembro, os australianos terão acesso a novas vacinas que oferecem maior eficácia contra as cepas atualmente circulantes do SARS-CoV-2, o vírus responsável pela COVID-19.
O mais recente desenvolvimento no cenário vacinal é a introdução das vacinas de reforço “monovalentes”. Essas novas vacinas, como a vacina monovalente da Pfizer para indivíduos com cinco anos de idade ou mais e a vacina monovalente da Moderna para aqueles com 12 anos de idade ou mais, possuem um único alvo e são especificamente projetadas para combater a última subvariante da variante Ômicron, conhecida como XBB.1.5 ou Kraken.
Para compreender a transição de vacinas bivalentes para monovalentes, devemos primeiro entender o conceito inicial das vacinas. As vacinas originais da COVID eram “monovalentes”, direcionadas apenas para a cepa viral original. No entanto, à medida que o vírus sofria mutações, novas variantes surgiram, resultando em evasão imunológica, em que as vacinas originais não ofereciam imunidade suficiente. A introdução das vacinas bivalentes foi uma resposta a essas mutações, direcionando a subvariante precoce da Ômicron, BA.1, juntamente com a cepa ancestral.
Apesar da eficácia inicial das vacinas bivalentes, a variante Ômicron continuou a evoluir, resultando em uma maior capacidade de escapar do sistema imunológico e em subsequentes ondas de transmissão. Para acompanhar o vírus em constante evolução, as vacinas passaram por uma nova atualização no início de 2023, direcionando a cepa ancestral e as subvariantes BA.4 e BA.5.
Agora, com o surgimento da subvariante XBB.1.5 ou Kraken, as últimas vacinas de reforço voltaram a adotar uma abordagem monovalente. Isso significa que elas direcionam apenas a subvariante específica, uma vez que a imunidade contra a cepa original não é mais necessária, visto que ela não infecta mais humanos. Essas vacinas monovalentes foram aprovadas por autoridades regulatórias em vários países, incluindo Estados Unidos, Europa, Canadá, Japão, Singapura e Austrália.
A evidência da eficácia dessas novas vacinas monovalentes vem de pesquisas apresentadas pela Pfizer e Moderna às autoridades regulatórias, como a Therapeutic Goods Administration (TGA). Estudos laboratoriais, ensaios clínicos e observações em camundongos demonstraram que as vacinas atualizadas geram bons níveis de anticorpos, superando as vacinas anteriores e combatendo efetivamente múltiplas variantes emergentes, incluindo EG.5 ou Eris.
Em conclusão, a transição de vacinas bivalentes para monovalentes representa a batalha contínua para combater o vírus da COVID em constante evolução. Ao direcionar a subvariante mais recente, esses novos reforços buscam oferecer uma melhor proteção e se adaptar ao cenário mutacional viral em constante mudança. É importante que pessoas elegíveis considerem tomar a vacina para fortalecer sua imunidade contra a COVID-19 e contribuir para conter a propagação do vírus.
Perguntas Frequentes (FAQ)
1. Quem é elegível para as novas vacinas monovalentes de reforço?
As novas vacinas monovalentes de reforço estão disponíveis para pessoas com cinco anos de idade ou mais para a vacina da Pfizer e 12 anos de idade ou mais para a vacina da Moderna.
2. Como as vacinas monovalentes diferem das anteriores?
As vacinas monovalentes possuem um único alvo e são especificamente direcionadas para a subvariante mais recente da variante Ômicron, conhecida como XBB.1.5 ou Kraken. As vacinas bivalentes anteriores tinham como alvo múltiplas cepas, incluindo a cepa ancestral e subvariantes anteriores.
3. As novas vacinas monovalentes funcionam?
Evidências de pesquisas e ensaios clínicos sugerem que as novas vacinas monovalentes produzem bons níveis de anticorpos e combatem efetivamente múltiplas variantes emergentes, incluindo EG.5 ou Eris. Isso indica sua eficácia na proteção contra a COVID-19.
4. As novas vacinas monovalentes são seguras?
Autoridades regulatórias, como a Therapeutic Goods Administration (TGA), aprovaram as novas vacinas monovalentes após avaliar sua segurança e eficácia. É importante que as pessoas consultem profissionais de saúde e sigam as orientações oficiais em relação às decisões de vacinação.