Um novo estudo revela que as mulheres têm menos probabilidade do que os homens de receberem uma ressuscitação cardiopulmonar (RCP) caso sofram uma parada cardíaca em um local público. As pessoas presentes podem hesitar em realizar a RCP em mulheres devido a preocupações de tocá-las ou machucá-las. Os pesquisadores estão incentivando as pessoas a aprenderem RCP e fornecê-la sem hesitação a qualquer pessoa que precise, independentemente de seu gênero, idade ou localização.
O estudo canadense analisou dados de mais de 39.000 paradas cardíacas que ocorreram fora de hospitais no Canadá e nos Estados Unidos entre 2005 e 2015. Aproximadamente 23% desses casos ocorreram em locais públicos. O estudo descobriu que em locais públicos, as mulheres tinham 28% menos probabilidade de receber RCP em comparação com os homens. No entanto, o gênero não parecia ser um fator para determinar se a RCP era realizada ou não em residências ou outros locais privados.
Além disso, o estudo constatou que pessoas mais velhas tinham menos probabilidade de receber RCP em locais privados. Com cada aumento de 10 anos na idade, os homens tinham cerca de 9% menos probabilidade de receber RCP, enquanto as mulheres tinham 3% menos probabilidade. Os pesquisadores estão interessados em examinar mais a fundo os fatores que contribuem para essa disparidade, a fim de garantir que todas as pessoas que precisem de RCP a recebam, independentemente de gênero, idade ou localização.
Fontes:
Pesquisadores canadenses examinaram dados de mais de 39.000 paradas cardíacas que ocorreram fora de hospitais no Canadá e nos Estados Unidos entre 2005 e 2015.
O estudo está sendo apresentado no Congresso Europeu de Medicina de Emergência em Barcelona.
