Alegações Falsas: Ação Judicial Acusa Empresas Farmacêuticas de Falsificar a Eficácia de Descongestionantes Nasais

Alegações Falsas: Ação Judicial Acusa Empresas Farmacêuticas de Falsificar a Eficácia de Descongestionantes Nasais

Uma enfermeira de Winnipeg entrou com uma ação judicial contra as principais empresas farmacêuticas, alegando que elas têm lucrado por quase meio século ao comercializar medicamentos descongestionantes orais que diversos estudos têm apontado como ineficazes. A ação judicial, movida por Barb Eori no Tribunal de King’s Bench de Manitoba, busca o status de ação coletiva e acusa a Johnson & Johnson, Pfizer Canada, Procter & Gamble e GlaxoSmithKline Consumer Healthcare de representação negligente do fármaco fenilefrina.

A fenilefrina, ingrediente ativo desses medicamentos, tem sido comercializada como um descongestionante nasal em forma de comprimido; entretanto, estudos recentes mostram que ela é ineficaz quando ingerida oralmente. Na verdade, um painel de assessores externos da Administração de Alimentos e Medicamentos dos Estados Unidos votou unanimemente contra a eficácia da fenilefrina como descongestionante em forma de pílula. Os assessores especialistas da FDA constataram que apenas quantidades mínimas do fármaco chegam realmente às vias nasais quando ingerido oralmente, tornando-o ineficaz para aliviar a congestão.

A ação judicial alega que as empresas farmacêuticas lucraram bilhões de dólares vendendo esses medicamentos com alegações falsas e promovendo-os como descongestionantes eficazes. Barb Eori, que trabalha como enfermeira há 33 anos, comprou esses medicamentos para si mesma e para sua família acreditando que eles proporcionariam alívio da congestão nasal. No entanto, ela afirma que nenhum desses produtos funcionou como anunciado.

A ação judicial busca a certificação de ação coletiva, permitindo que indivíduos de várias províncias canadenses recebam compensação pelo dinheiro gasto nesses medicamentos supostamente ineficazes. No entanto, as empresas citadas na ação ainda não se pronunciaram sobre as alegações.

Essa ação judicial lança luz sobre as práticas de marketing enganosas adotadas pelas empresas farmacêuticas e destaca a importância de evidências científicas confiáveis na avaliação da eficácia de medicamentos de venda livre. Os consumidores merecem informações precisas sobre os produtos que adquirem para tomar decisões informadas em relação à sua saúde.

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